quarta-feira, 14 de janeiro de 2009

Asas do Desejo - Aceitando comentários adicionais!

Nossas trocas...

De: Roberta Mendes
Enviada em: um dia desses
Para: Elisangela Barbosa
Assunto: Senti falta da sua resenha sobre o filme do Wim Wenders

O Asas do Desejo. Eu me lembro que, da primeira vez que eu assisti, pausava longamente e ficava perplexa, pensando, meu Deus, meu Deus, alguém colocou toda essa dimensão sutil e invisível em palavras... e imagens e gestos e expressão terna ou doída de anjo se importando sem poder interferir...!

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De: Elisangela Barbosa
Enviada em: um dia desses
Para: Roberta Mendes
Assunto: RES: Senti falta da sua resenha sobre o filme do Wim Wenders

Pois é amiga, calou fundo o filme. Assisti-lo foi uma coisa séria, sabe quando a coisa é séria, solene até, como se fosse mesmo assim que acontecesse, e por isso comentários de corredor não aconteceram. Bom...

O que são as Asas do Desejo?! Tudo nesse filme é de uma sutileza tão calma e angustiada (até o momento do encontro), tudo tão intenso e contido (mesmo no momento do encontro!)! Curioso para mim foi que houve uma mudança drástica no significado que teve o nome do filme antes de eu vivê-lo e depois.

Assim: asas do desejo remeteu para mim ao desejo que sente um homem para uma mulher (vice versa), mas durante o filme eu me dei conta de que tudo é desejo e viajei na sensação de que todos os desejos da humanidade pareciam passar pelas asas dos anjos tornando-as um tanto quanto mais pesadas! [Roberta Mendes] Pois é justamente o motivo pelo qual achei o Cidade dos Anjos de um reducionismo ultrajante. Não é sobre o amor de um homem e de uma mulher. É sobre o Amor, com A maiúsculo. É sobre se importar com tudo que é humano. Sempre me emociono com aquela cena em que o Cassiel (o anjo que permanece anjo) tenta se aproximar do pensamento do suicida e não consegue demovê-lo do intuito de auto-destruição, de modo que, quando o homem pula, ele urra um desesperado NÃÃÃOO, tão desprovida de autoridade a palavra diante dos desígnios humanos.

O amor, a solidão, a vontade, a saudade, os desejos, as intensidades de each and every being sendo derramas e misturando-se no cosmos... nossa, quantas são as coisas que nos escapam!!! E eles ali, ouvindo e vivendo à sua maneira angelical todas as coisas!

O que foi aquele velhinho? Preciso vê-lo mais algumas vezes para conseguir fazer a passagem, traduzir em palavras, o que aconteceu no meu peito!

A malabarista, que linda! Que alegoria, quanta vontade, quanto desejo e quantas possibilidades... acho que eu também me apaixonei por ela.

Os anjos, os dois, querendo tanto tanta coisa! As cenas em que de preto e branco o filme passa a colorido, tenho que confessar, me emocionaram, eu não estava esperando. Tanto assim que na primeira vez que acontece eu fiquei meio sem saber se aconteceu mesmo ou se era impressão minha...

A ingenuidade feliz do anjo caído, a busca, o encontro, cada um desses momentos renderiam trocas intermináveis de impressões!

Sabe Bob, são tantas as impressões e sensações que me perco! Precisaria vê-lo novamente... como aqueles livros que de vez em quando se consulta para lembrar de que há coisas que não se pode permitir esquecer![Roberta Mendes] porque vc acha que comprei o filme ;-)?

p.s. agora fiquei sentimental dos pés à cabeça... :^)

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De: Elisangela Barbosa
Enviada em: foi sim, eu lembro
Para: Roberta Mendes
Assunto: RES: Senti falta da sua resenha sobre o filme do Wim Wenders

Hihihi, que susto heim?!

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De: Roberta Mendes
Enviada em: foi outro dia
Para: Elisangela Barbosa
Assunto: RES: Senti falta da sua resenha sobre o filme do Wim Wenders

=) Agora, sim ;-)!!

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