quarta-feira, 31 de dezembro de 2008

Aparição

Como podes ser tão exata com as palavras? Como se atreve a ser assim, tão Trave...ssa?! Me fez rir de monte, sinto-me descoberta e disfarçada, simultaneamente.... quase que um jogo de luzes onde dá para brincar de mostre-esconde!

Aliás, parece com sua maneira de se deixar conhecer (aqui), e de se conhecer a sim mesma, até através do olhar factual de uma máquina destituída de espírito, digital, parece ser assim...entre brechas!

Tanto procede essa imagem que foi desse jeito que me escapuliu a descrição de como você surgiria: “ainda não deu as caras pelas frestas das palavras contidas em seus textos, que de tão seus me deixam sem adjetivos pertinentes...”, lembra? ;O)

Brechas, parênteses, frestas, portas entreabertas, furos nas paredes, cortinas esfumaçadas, céu com nuvens que passam, paisagem pela janela do trem em movimento... todas imagens que escorrem por trás dos meus olhos numa seqüência que faz sorrir! O pique preferido da minha infância era o pique-esconde, muito divertido!




A propósito da fotografia que tiraste, é bela, e mais reveladora do que pode parecer!

Elisangela Barbosa

terça-feira, 30 de dezembro de 2008

E a propósito de artifícios...

Não, eu não estou infensa ao "inferno astral" coletivo do fim do ano. Afinal, é a data estipulada para o, digamos assim, aniversário do mundo, pelo menos do mundo ocidental, que adota o calendário cristão, tal como o conhecemos.
Assim é que, em breve, nascerá 2009, como todo ano novo, parido, em algazarra de fogos, impreterivelmente à meia noite do dia 1º de janeiro, o que lhe torna, (constato), incorrigivelmente capricorniano – que é signo de elemento terra, regido, por vocação à metáfora, por Saturno – o deus do tempo.

É, deve ser mesmo isso: nessa época do ano somos acometidos, universalmente, pela decantada melancolia saturnina, o que nos torna mais reticentes, mais introspectivos, mais propensos à reflexão.
O sintoma mais recorrente dessa melancolia de fim de ano são as famigeradas listas de intenções para o ano seguinte, em que, não raro, constam, ao lado de prosaicos afazeres, projetos acalentados em segredo (ou não) por uma vida inteira.
E, de repente, tudo o que não conseguimos fazer até então, ao longo da soma inexata e personalíssima dos anos de toda uma vida, queremos realizar em doze corridos meses do (inalcançável, pois sempre por chegar) ano que vem. É o curso de percussão ou de eneagrama, o mestrado em contratos ou a especialização em produção cultural, a aula de yoga, de dança de salão, ou quem sabe até de capoeira! Para uns, o casamento. Para outros, o primeiro filho. Ou a decisão de um segundo filho. Ou mesmo o filho que nem se esperava chegar.
O problema é, possivelmente, que esperamos do ano que vem o que não poderíamos esperar senão de nós mesmos, pois realizações pressupõem atitudes, que pressupõem escolhas, que, por sua vez, pressupõem renúncias, que pressupõem disciplina, que pressupõe FOCO. Esperamos que o ano eleja nossos prazeres por nós, nossos parceiros por nós, às vezes até nossa profissão por nós, que o ano nos indique, como se a ele coubesse, o caminho, à moda dos lances de dados.
...E nem mesmo nos damos conta de que esse gênero de aposta tem a agourenta alcunha de jogos de azar...
Por um ano em que nossas conquistas fiquem menos a cargo do acaso - o meu brinde!
Roberta Mendes

O TEMPO DENTRO DO ESPELHO
Por Thiago de Mello

"O tempo não existe, meu amor.
O tempo é nada mais que uma invenção
de quem tem medo de ficar eterno.
De quem não sabe que nada se acaba,
que tudo o que se vive permanece
cinza de amor ardendo na memória.

O tempo passa? Ai, quem me dera! O tempo
fica dentro de mim, cantando fica
ou me queimando, mas sou eu quem canto
eu que me queimo, o tempo nada faz
sem mim que lhe permito a minha vida.
De mim depende, sou sua matéria,
esterco e flor do chão da minha mente,
o tempo é o meu pecado original."

Ah, deste mesmo! As caras e a cara fotogênica e fotografada, o sorriso instantâneo com que recebes os amigos enquanto prazeres, ou os prazerezinhos amigos da Travess..I..a ;-)

Já eu continuo sob a burka das palavras ;-), dando-me a conhecer por meio de brechas, aos fragmentos. E de que outra maneira, se de mim mesma é desse modo que tomo conhecimento? Também pudera! Certa vez, tentei tirar um auto-retrato digital e saíu-me isto :-)


Quiz

"Por que as pessoas,
para serem belas,
lançam mão de artifícios
que não são delas?"

Heim, heim?

Elisangela Barbosa

p.s Dei as caras amiga!!!

sábado, 27 de dezembro de 2008

A propósito na companhia...

"(...) Durante as viagens, precisamos de companhia. E no curso da vida, de amizades (...)"

do livro A Dançarina de Izu de Yasunari Kawabata.

Ora, mas se essa vida nada mais é que uma viagem onde navegar parece ser mais preciso que viver, propriamente...

Seja como for, nas viagens e na vida o outro nos acompanha e nos reflete. Tê-la é imprescindível!
Elisangela Barbosa

sexta-feira, 26 de dezembro de 2008

A estréia

Eu e os meus pudores de estrear :-)

Todo passo inaugural para mim primeiro custa uma certa hesitação. Quem vê de fora terá mesmo a impressão de que recuo. E se o faço, é por um velho cacoete de infância de pegar impulso antes de um salto.

A verdade é que, antes de eu participar do blog, era preciso que o blog participasse de mim, que ele fosse crescendo em mim enquanto canal para o tranbordamento das palavras represadas na gaveta, era preciso que se estabelecesse a interlocução, que o pensamento tivesse não apenas a compulsiva vontade de dizer-se, mas de se dizer para ele (o Blog - e lá vou eu personificando as coisas...:-)) ou através dele para quem quer que seja. E aconteceu!

De fato, acontece que há já cerca de quatro dias que eu lembro do Blog com a urgência de quem quer ligar para um amigo e contar-lhe as novidades. Ou não lhe contar nada específico, que é a verdadeira urgência de comunicar-se. De comunicar-se, simplesmente. De conectar-se com o outro de quem se gosta e desfrutar também de ser o que se gosta em si mesmo em face do outro, alimentando com isso o ciclo virtuoso de doar-se e receber dessa prazerosa via de mão dupla que é a troca. E é assim de mãos dadas, tua palavra e a minha, que seguiremos.

Beijos, amiga, e obrigada pelo espaço!

Roberta Mendes

quarta-feira, 24 de dezembro de 2008

Chega mais!

Perguntaram-me, a respeito deste blog se, para dua pessoas dividirem um espaço assim, escrevendo, não seria o caso ser estabelecido este como um espaço temático?
"Mas vai ser sobre o que?"

"Sei lá?!"


Sobre o que a gente quiser, não precisa tema, é só para podermos escrever o que quisermos! ("que idéia!" pensei.)

Este blog está apenas começando e como tudo no começo, vai devagar, bem de manso, suave, acomodando quem se achega. Minha amiga querida, com quem divido este espaço, a serviço de legitimar e multiplicar (dividindo com todos) trocas que vêm já se dando de maneira prazerosa, inteligente, acurada e confortante, ainda não deu as caras pelas frestas das palavras contidas em seus textos, que de tão seus me deixam sem adjetivos pertinentes... mas calma, ela está se deixando preparar no caldo gestacional, logo, logo vai ter que respirar e o lugar, ainda bem, é esse!
Elisangela Barbosa

domingo, 21 de dezembro de 2008

Amigas...

Pronto amiga, tá pronto… agora é só a gente começar com a brincadeira, e para esquentar sugiro um pique-pega!

Comigo não ta!!!

Então tá contigo!!

Beijo,
Elisangela Barbosa