Quem serão as pessoas por trás das bandeirinhas? Tu, de Lisboa, que não deixaste o nome? O amigo da Noruega, que passeia, vez por outra, por nossas palavras-vitrines, sem, talvez, sequer demorar-se, mas por tempo suficiente para em nós fincar sua significativa bandeira? O leitor, de solidão tão vizinha, em Duque de Caxias, fazendo companhia a nossas palavras-sonhos, como quem tece meias, velando um sono de criança febril? Quem pôs em nossa geografia íntima a insígnia de Espanha? Quem hasteia em nosso brinquedo de contar a flâmula graciosa da Grécia?
Dizem que assim se deu o primeiro contato entre o colonizador e o aborígene, estes dois representantes de universos tão para o outro desconhecido: o português presenteou ao índio com um espelho, o qual, por sua vez, prendou ao homem branco com a floração espontânea de um sorriso. E, assim mesmo, sem palavras, estes seres singularíssimos se comunicaram e conjugaram um precário “nós” pelo breve instante em que habitaram a mesma cena.
...Às vezes, também bem gostaríamos de interagir com o espelho que nos reflete: que imagem terão de nós? Ou encontrarão, por vezes, vocês em nós, palavras-espelho em que ver refletida uma emoção própria?
Sejam todos bem-vindos ao blog, como bem-vindos são quaisquer comentários, mensagens de náufrago para náufrago, que nos sinalize que, sim, há comunicação possível entre ilhas de existir.
Um forte abraço da
Roberta Mendes
Dizem que assim se deu o primeiro contato entre o colonizador e o aborígene, estes dois representantes de universos tão para o outro desconhecido: o português presenteou ao índio com um espelho, o qual, por sua vez, prendou ao homem branco com a floração espontânea de um sorriso. E, assim mesmo, sem palavras, estes seres singularíssimos se comunicaram e conjugaram um precário “nós” pelo breve instante em que habitaram a mesma cena.
...Às vezes, também bem gostaríamos de interagir com o espelho que nos reflete: que imagem terão de nós? Ou encontrarão, por vezes, vocês em nós, palavras-espelho em que ver refletida uma emoção própria?
Sejam todos bem-vindos ao blog, como bem-vindos são quaisquer comentários, mensagens de náufrago para náufrago, que nos sinalize que, sim, há comunicação possível entre ilhas de existir.
Um forte abraço da
Roberta Mendes
Que delícia de texto. Eu também fico pensando nisso. Talvez a pessoa por trás da Espanha seja a mesma que recentemente decidiu se manifestar no meu sitio. Será? É da Galícia, e já é muito querida. O meu último post foi em homenagem ao visitante do Japão.
ResponderExcluirTo adorando a sua atividade e interatividade.
Bjo, Kk
"...Às vezes, também bem gostaríamos de interagir com o espelho que nos reflete: que imagem terão de nós? Ou encontrarão, por vezes, vocês em nós, palavras-espelho em que ver refletida uma emoção própria?"
ResponderExcluirAmiga, como escreves a verdade! Sim, queridos, sois todos absolutamente bem-vindos a nos fazer saber tudo quanto o que pensam deste humilde espaço! Os espelhos - o de dentro para fora e o de fora para dentro - só funcionam se trabalharem juntos!
"há comunicação possível entre ilhas de existir", portanto, comentem, mandem e-mails, cartas, sinais de fumaça, impressões... beijos expectantes,
Elis